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O chamado de Deus para as nossas vidas

  • Ministério de Ensino Vidas Restauradas
  • 18 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Não é raro ouvirmos pessoas dizendo que enfrentam dificuldades para se aproximarem de Deus devido algum tipo de medo, lembrando que medo é diferente de temor. São pessoas que trazem no seu imaginário a ideia de um Deus punitivo, castigador, propagada, sobretudo na idade medieval, período onde a igreja cristã difundia a imagem de um Deus autoritário, para manter o controle sobre a sociedade, por meio das indulgências. Esta imagem distorcida ainda perdura na atualidade, não apenas dentro das igrejas, mas também fora delas.


Na primeira epístola de João 3:8 o apóstolo nos ensina que a natureza de Deus é amor, e apesar da sua conduta moral ser pautada pela justiça, Ele ama o ser humano profundamente a ponto de perdoar seus pecados, rompendo com a barreira da separação. A ideia do Deus punitivo é modificada quando nos relacionamos com Ele verdadeiramente, uma vez que o seu propósito é nos atrair a um relacionamento íntimo e relacional: “há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).


Desde o princípio Deus criou o homem no intuito de construir com ele esta relação. No livro de Gênesis Adão e Eva se encontravam com o Criador todos os dias em um determinado horário (Gn. 3:8), mas devido à desobediência de ambos, este relacionamento foi interrompido. Não era propósito de Deus ficar distante do ser humano, por isso Ele enviou seu único filho para nos salvar e restabelecer o relacionamento perdido, por meio do sacrifício de Jesus na cruz do calvário:


Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:10-14)


Portanto, o primeiro chamado que Deus faz a mim e a você é de nos reaproximarmos dele, aceitando a Jesus, como nosso salvador, mediante o arrependimento dos nossos pecados. Este chamado é um convite para mudarmos o rumo da nossa história e das escolhas que fazemos durante a vida. Deus nos chama a vivermos a verdadeira conversão ou no sentido literal da palavra em grego metanóia, que significa mudança de mente e pensamento.


Para muitos não somos merecedores de atender este chamado, mas a vontade de Deus é que recebamos o seu perdão, para termos condições espirituais e psicológicas de fazermos a Sua obra. Por isso, a grande dificuldade que enfrentamos ainda hoje é desmistificar a ideia do Deus punidor e propagador de castigos. Precisamos entender que Deus deseja se relacionar conosco para realizarmos a sua missão. O relato do profeta Isaías retrata a mudança desta compreensão:


Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. (Isaías 6:5-9)


À semelhança do profeta, assim que obtemos o perdão divino, recebemos um segundo chamado: aceitar o envio. Deus conhece nosso coração e nossas potencialidades, por isso precisamos valorizar a vocação que Ele colocou em nós.


A palavra vocação que do latim vocare significa chamado, revela que fomos criados com um dom natural para servirmos a Deus. Esta condição inicial do ser humano pode ser compreendida pelo conceito da imagem natural “que consiste daqueles dons com os quais a criatura é abençoada e a torna capaz de entrar em relacionamento consciente com Deus” (RUNYON, p. 25. 2002). Este dom natural, uma vez corrompido pelo pecado precisa ser restaurado em nossas vidas.


Deus continua vocacionando homens e mulheres como nos tempos antigos, e isto significa que precisamos sair do meio da multidão e assumir as responsabilidades que este chamado exige. Isto implica renunciar a nossa vontade, nosso próprio “eu” lançar a mão no arado e não olhar para traz. Precisamos romper nosso estado de inércia e comodismo e realizar as obras reino de Deus.


Ministério de Ensino Vidas Restauradas



RUNYON, Theodore. A nova criação: a teologia de João Wesley hoje. São Bernardo do Campo: Editeo, 2002.

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